domingo, julho 01, 2007

Muito pombo, numa escola construída a granito, fazia lembrar construcções góticas. Eu estava no final de ano, quase a passar para a fase seguinte enquanto aluno daquela escola.
Eu e um amigo decidimos explorar um pouco o ambiente daquilo. Metemo-nos por dentro de uma floresta onde a vegetação era densa. Sempre que batiamos com a cabeça em galhos que estavam por cima dela, muitos insectos caiam sobre nós de modo que quase que andavamos de cocoras, com muito cuidado para não sermos impestados.
De seguida vê-se um patamar onde o chão está coberto de musgo, em frente água e depois novamente um caminho de musgo. Decidimos atravessar aquelas águas que pareciam perigosas e continuar a nossa caminhada, então demos balanço, saltamos e agarramo-nos aos troncos de uma nespereira (qual liana) que nos levou até ao outro lado do lago. Aí o solo estava completamente saturado de água, com um ambiente muito humido. Eu avisto um crocodilo bébé e aviso o meu amigo. O crocodilo ouviu-nos e começou a falar connosco em tom de ameaça, numa voz profunda de bagaço e disse algo do género: "Como se atrevem a invadir o meu espaço de repouso? a verdadeira essência do ser está naquilo que não se vê ..."
Voltamos assustados para trás, corremos, agarramo-nos aos ramos da nespereira, eles partiram-se mas ainda assim consegui caminhar um pouco por cima da água e voltei são e salvo ao espaço escolar.

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